Moradores de Lorena reclamam de problemas em casas populares
quinta-feira, 27 de junho de 2013Moradores de pelo menos 40 residências de um condomínio de Lorena reclamam de infiltrações nas paredes e nos banheiros das casas. Os imóveis que ficam em um residencial de casas populares foram entregues há somente um ano.
A maioria dos moradores comprou os imóveis há cerca de um ano, por meio do programa Minha Casa Minha Vida. Na planta aprovada pela prefeitura, as residências, com 45 metros quadrados, deveriam ser construídas com 15 colunas. As 16 primeiras seguiram esse padrão. Foram erguidas com lajotas, rebocadas e serviram de modelo para o empreendimento. “Como sou uma pessoa que não trabalho nesse ramo, para mim a casa estava de acordo com as 16 casas da frente. Só que com o passar do tempo, pessoas que conhecem a casa, foram olhando e vendo os problemas”, disse o operador de máquinas Luciano Pereira.
Nas casas que não receberam o reboco a diferença no acabamento é visível. Segundo os moradores, foi aplicado somente textura. As lajotas foram substituídas por blocos de cimento e o desnível nas paredes é acentuado.
“Você vê os defeitos, as casas são tortas, dá até para ver os desenhos da lajota. Então, uma chuva forte que der, a umidade fica na parede e a gente está perdido”, afirma Vilma Teles.
Sem o reboco a umidade atingiu, principalmente, os banheiros. Os pisos, que eram brancos, ficaram escuros devido a infiltração. “Tem muita coisa assim que está fora do que mostraram para a gente quando fomos comprar a casa”, disse a doméstica Camila Farias.
Pelo menos 40 famílias compraram os imóveis e ainda há mais de 100 casas nessas condições sendo vendidas pela construtora. O advogado Edu Scardovelli, que representa os moradores, moveu uma ação coletiva contra a empresa. “O meu pedido na Justiça foi para que a construtora e a Caixa entreguem uma casa de acordo com o projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de Lorena. Caso isso não ocorra fiz um pedido subsidiário para que indenizem as famílias”, explica.
Em nota, a empresa Nassif Construtora e Incorporadora informou que um grupo de investidores foi responsável pela administração do empreendimento e que tenta na justiça impedir a venda dos outros 100 imóveis. Já o representante dos investidores disse que a Nassif é a responsável pela construção do condomínio.
A Caixa Econômica Federal informou foi apenas um agente financeiro no contrato.
Fonte: G1
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